Este necessariamente u m relato pessoal, mas escrito na esperana de que outros, em especial aqueles que esto iniciando u m trabalho independente, o tornem menos pessoal atravs dos fatos de sua p r p r i a experincia. Parecem lev-los ambos a srio demais para admitir tal dissociao, e querem usar uma coisa para o enriquecimento da outra.
Essa se A razo por que valorizam suas menores experincias e que, no curso de uma vida, o homem moderno tem t o pouca. Aqui, n o ter receio de usar sua experincia e relacion-la diretamente a vrios trabalhos em andamento. Ao redigir esses vrios artigos e livros e preparar cursos sobre estratificao, houve, claro, u m resduo de idias e fatos a respeito das classes superiores.
Especialmente no estudo da estratificao. Ora, entre os "materiais existentes" encontro nos arquivos. N o sei quais so as plenas condies sociais para a melhor p r o d u o intelectual, mas certamente cercar-se de u m crculo de pessoas dispostas a ouvir e falar - e por vezes elas tero de ser personagens imaginrios - uma delas.
De qualquer modo, tento me cercar de todo o ambiente pertinente - social e intelectual - que suponho ser capaz de me levar a pensar bem ao longo das linhas. Por vezes, p o r m , s permito que tais teorias venham baila em meu p r p r i o arranjo, em contextos muito diferentes. De todo modo, no livro sobre a elite tive de levar em conta o trabalho de homens como Mosca, Schumpeter, Veblen, Marx, Lasswell, Michels, Weber e Pareto. Esse u m sentido das observaes que fiz acima sobre a fuso de vida pessoal e intelectual.
Um bom trabalho em cincia social hoje n o , e usualmente n. Ele se lonipoe antes de u m grande n m e r o de estudos que, em. Ver, por exemplo, C. Fiz o mesmo tipo de coisa, em minhas notas, com Lederer e Gasset vs. Aqui esto dois excertos de notas preliminares sobre Mosca, que podem ilustrar o que tentei descrever:.
Mosca defende uma idia que me parece excelente e merecedora de desenvolvimento: segundo ele, h freqentemente na "classe dominante" uma clique mais elevada e h esse segundo estrato, mais amplo, com.
Este esquema pode me permitir levar em conta de maneira mais ordenada as diferentes elites, que so elites de acordo com as vrias dimenses da estratificao. Tambm, claro, captar de uma maneira. H tambm afirmaes em Mosca sobre leis psicolgicas que supostamente apoiam seu ponto de vista. Observe seu uso da palavra "natural". Mas isto no c entrai e, ademais, no merece ser considerado. Os projetos empricos necessrios para meu tipo de trabalho devem prometer, em primeiro lugar, relevncia para o esboo inicial, sobre o qual escrevi acima; eles t m de confirm-lo em sua.
Para considerar problemas desta maneira, voc tem de prestar ateno a quatro estgios; mas geralmente melhor passar por todos. Antes de decidir quanto aos estudos empricos necessrios para o trabalho prestes a se realizar, c o m e o a esboar u m projeto mais amplo dentro do qual vrios estudos de pequena escala c o m e a m a surgir.
Novamente, seleciono u m trecho dos arquivos:. Os passos so: 1 os elementos e definies. Pareto - eles so as pessoas que "tm" a maior parte de tudo que est disponvel de qualquer valor ou conjunto de valores dado. Tenho portanto. Talvez eu deva dizer as mesmas coisas numa linguagem mais pretensiosa, a fim de tornar evidente para os que no sabem como tudo isto pode ser importante, a saber: Situaes problemticas tm de ser formuladas com a devida ateno a suas implicaes tericas e conceituais, e tambm aos paradigmas apropriados de pesquisa emprica e modelos adequados de verificao.
Esses paradigmas e modelos, por sua vez, devem ser construdos de maneira a permitir que mais implicaes tericas e conceituais sejam extradas de seu emprego. As implicaes tericas e conceituais de implicaes conceituais deveriam ser primeiro inteiramente exploradas. Isso requer que o cientista social especifique cada uma dessas implicaes e as considere em relao a cada uma das outras, mas tambm de tal maneira que ela se ajuste ao paradigma de pesquisa emprica e aos modelos de verificao.
Depois que tiver decidido quanto s minhas variveis, devo construir os melhores indicadores que puder, se possvel indicadores quantificveis, para distribuir a populao em termos deles; somente ento posso comear a decidir o que entendo por "a maior parte". Pois isso deveria, em parte, ser deixado para determinao mediante inspeo emprica das vrias distribuies, e suas superposies.
Minhas variveis-chave deveriam, de incio, ser gerais o bastante para me dar alguma amplitude na escolha de indicadores, mas especficas o bastante para incitar a busca por indicadores empricos.
Defronto-me ento com esta questo passvel de resposta emprica: quanta superposio, se. Por exemplo, eu poderia querer decidir 5. No original, "white-collarpeople", que pode ser aproximadamente traduzido por "trabalhadores assalariados de classe mdia". Depois que esses projetos foram anotados, comecei a ler obras histricas sobre grupos de cpula, tomando notas aleatrias e n o arquivadas e interpretando a leitura. Voc n o precisa realmente estudar o tpico em que est trabalhando; pois, como disse, de-.
Para ambas as tarefas, tenho contatos bastante bons e, claro, bons contatos, se adequadamente tratados, levam a contatos ainda melhores. Voc se torna sensvel a seus temas; passa a v-los e ouvi-los sempre em sua experincia, sobretudo, segundo uma impresso que sempre tenho, em reas.
A idia aqui obter algo concreto sobre "a burocratizao do consumo", a transferncia de despesas privadas para contas empresariais. At os meios de c o m u n i c a o de massa, especialmente filmes ruins, romances baratos, revistas ilustradas e programas noturnos de rdio, revestem-se de uma nova i m p o r t n c i a para voc.
Tcnicos adequados podem ser instrudos em poucos anos. A imaginao. H no entanto uma qualidade inesperada em relao a ela, talvez porque sua essncia seja a c o m b i n a o de idias que n i n g u m supunha que fossem combinveis - digamos, uma mistura de. Provavelmente Mills refere-se a uma comparao entre capitalistas norteamericanos de dois perodos: o banqueiro J. Morgan, em , e o industrial Henry J. Kaiser, em Ver os excelentes artigos de Hutchinson sobre "insight" e "esforo criativo" em Study of Interpersonal Relations, organizado por Patrick Mullahy, Nova York, Nelson, Assim, a partir de cima e a partir de baixo, voc tentar investigar, em busca de significado.
Muitas das noes gerais que voc encontra, quando reflete sobre 1. No nvel mais concreto, o rearranjo do arquivo, como j disse,. A tcnica da classificao cruzada n o , evidentemente, limita2. Uma atitude ldica em relao s expresses e palavras com que. Pois somente se conhecer os vrios sentidos que poderiam ser dados a termos ou expresses, voc poder selecio-.
A idia usar uma variedade de pontos de vista: voc perguntara a si mesmo, por exemplo, como u m cientista poltico que. Alis, n o b o m estar imerso demais na literatura; voc pode se afogar nela, como M o r t i m e r Adler. Talvez o importante. Se voc pensa sobre desespero, pense t a m b m sobre entusiasmo; se.
Isto n o significa, claro, que voc n o v se esforar para adquirir e manter u m senso. E vice-versa para f e n m e n o s gigantescos. Que aspecto teriam as. Tentamos continuamente, de fato, combinar essa procura com a busca de indicadores para os quais p o d e r a m o s encontrar ou coletar estatsticas.
Parte disto, alis, o que Kenneth Burk, ao discutir Nietzsche, chamou de "perspectiva pela incongruncia". Em geral, a maior parte do que temos a dizer sobre u m tpico pode ser facilmente includa. Por vezes u m tema requer u m captulo o u uma seo para si, talvez ao ser introduzido pela primeira vez o u talvez numa formulao concisa perto do final. Penso que a maioria dos escritores -. O acadmico nos Estados Unidos est tentando levar uma vida intelectual sria n u m contexto social. Pode ser que ela seja o resultado de u m cerramento de fileiras acadmico por parte dos medocres, que, compreensivelmente, querem excluir aqueles que conquistam a ateno de pessoas inteligentes,.
Por Edmund Wilson, amplamente considerado o "melhor crtico no mundo anglfono", que escreve: "Quanto minha experincia com artigos de especialistas em antropologia e sociologia, ela me levou a concluir que a exigncia, em minha universidade ideal, de ter os trabalhos em todos os departamentos submetidos a um professor de ingls poderia resultar numa revoluo dessas matrias - se de fato a segunda delas chegasse a sobreviver.
Em seu crculo, a. Devem tomar lies com Paul Lazarsfeld, que acredita em matemtica, muito de fato, e cuja prosa sempre revela, mesmo nos primeiros rascunhos, as qualidades matemticas supracitadas. Quando no consigo entender sua matemtica, sei que porque sou muito ignorante; quando no concordo com o que fala em linguagem no-matemtica, sei que porque est errado, porque sempre se sabe o que ele est falando e, portanto, exatamente onde se enganou.
Suponha que tem essa audincia diante de si e que ela tem o direito. Por si mesma, a. O pensamento uma luta por ordem e ao mesmo tempo por compreensibilidade. Voc n o deve parar de pensar cedo demais -. Tome o partido do primado do estudioso individual; tome partido contra a ascendncia de equipes de pesquisa formadas por tcnicos. Seja uma mente independente na confrontao dos problemas do homem e da sociedade.
N o seja meramente u m jornalista, ainda que seja t o preciso quanto. Saiba que o jornalismo pode ser u m grande empreendimento intelectual, mas saiba t a m b m que o seu maior! N o relate meramente pesquisas minuciosas em momentos estticos bem definidos, ou perodos de tempo muito curtos. Tome como seu intervalo de tempo o curso da histria humana, e situe nela as.
Evite a estranheza bizantina de conceitos associados e desassociados, o maneirismo da verborragia. Encoraje em si mesmo e nos outros a simplicidade da formulao clara.
Use termos mais elaborados apenas quando acreditar firmemente que seu uso amplia o escopo de suas sensibilidades, a preciso de suas referncias, a profundidade de seu raciocnio. Evite usar a ininteligibilidade como. Perceba que seu objetivo uma c o m p r e e n s o comparativa completa das estruturas sociais que apareceram e que existem agora na histria do mundo. Perceba que para cumpri-lo voc deve evitar a especializao arbitrria dos departamentos acadmicos hoje existentes.
Especialize seu trabalho de maneira variada, segundo. Mas n o seja fantico: relacione todo esse trabalho, contnua e estreitamente, ao nvel da realidade hist-. Use o que v e o que imagina como. Tente compreender homens e mulheres como atores histricos e sociais, e os modos como a variedade de homens e mulheres so intricadamente selecionados e formados pela variedade das sociedades humanas. Antes de terminar qualquer trabalho, no importa q u o indiretamente por vezes, oriente-o para a tarefa central e c o n t n u a de compreender a estrutura e a direo, a formao e os significados, de seu p r p r i o p e r o d o , o terrvel e magnfico mundo da sociedade humana c o n t e m p o r n e a.
N o permita que q u e s t e s p b l i c a s tal como oficialmente formuladas, ou dificuldades tal como privadamente sentidas, determinem os problemas que voc t o m a r para estudar. Acima de tudo, n o abdique de sua autonomia moral e poltica aceitando nos termos de alguma outra pessoa a inutilidade limitadora do ethos burocrtico ou a inutilidade tolerante da disperso moral. Saiba que muitas dificuldades pessoais n o podem ser resolvidas meramente como dificuldades, devendo ser compreendidas como questes pblicas - e em termos dos problemas da feitura da histria.
Saiba que se deve revelar o significado humano de questes pblicas relacionando-as com dificuldades pessoais - e com os problemas da vida individual. Saiba que os problemas da cincia social, quando adequadamente formulados, devem incluir tanto dificuldades quanto questes, tanto biografia quanto histria e o m b i t o de suas relaes intricadas.
Dentro desse m b i t o ocorre a vida do indivduo e a feitura de sociedades; e dentro desse m b i t o a imaginao sociolgica tem sua chance de fazer uma diferena n. O artesanato, como modelo plenamente idealizado de satisfao no trabalho, envolve seis caractersticas principais: n o h nenhum motivo velado em ao alm do produto que est sendo feito e dos processos de sua criao.
Os detalhes do trabalho dirio so significativos porque n o esto dissociados, na mente do trabalhador, do produto do trabalho. O trabalhador livre para controlar sua p r p r i a ao de trabalho. O arteso , por conseguinte, livre para aprender com seu trabalho, e para usar e desenvolver suas capacidades e habilidades na execuo do mesmo. N o h ruptura entre trabalho e diverso, ou trabalho e cultura.
O modo como o arteso ganha seu sustento determina e impregna todo o seu modo de vida. A esperana no b o m trabalho, observou W i l l i a m Morris, esperana de produto e esperana de prazer no p r p r i o trabalho; a suprema preocupao, toda a ateno, com a qualidade do produto e a maestria de seu fabrico. H uma relao interna entre o arteso e a coisa que ele faz, desde a imagem que primeiro forma dela at sua concluso, que vai alm das meras relaes legais de propriedade e torna a disposio do arteso para trabalhar espontnea e at exuberante.
Outros motivos e resultados - dinheiro, reputao ou salvao so subordinados. N o essencial pratica da tica do ofcio que. O arteso tem uma imagem do produto acabado, e mesmo que n o o faa inteiro, v o lugar de sua parte no todo e, por con-.
Pode at obter satisfao positiva em encontrar uma resistncia e venc-la, sentindo seu trabalho e sua vontade como. Diverso algo que fazemos para estar prazerosamente oi upados, mas se o trabalho nos ocupa prazerosamente, t a m b m diverso,.
Se o arteso medieval se aproximava do modelo t o estreitamente quanto alguns. O lazer que William Morris reclamava era "lazer para pensar sobre nosso trabalho, aquele fiel companheiro dirio. Com tal modelo em mente, uma vista de olhos no mundo ocupacional do trabalhador moderno suficiente para deixar claro. O designer norte-americano ao mesmo tempo uma figura central no que vou chamar de aparato cultural e u m importante auxiliar de u m tipo muito peculiar de economia.
Sua arte u m negcio, mas seu negcio arte, e coisas curiosas v m acontecendo tanto para a arte quanto para o negcio - e para ele dessa maneira.
Ele foi alcanado por dois grandes desenvolvimentos dos Estados Unidos do sculo XX: u m o deslocamento da nfase econmica da p r o d u o para a distribuio, e, com ele, a unio da luta pela existncia com a nsia por status. O outro foi o processo que colocou a arte, a cincia e o saber numa relao subordinada s instituies dominantes da economia capitalista e do estado nacionalista.
Os designers trabalham na interseo dessas tendncias; seus problemas esto entre os problemas-chave da sociedade superdesenvolvida. Eles no podem. Palestra proferida na 8 International Design Conference, realizada em Aspen, Colorado, junho de Os resultados dessas comunicaes so t o decisivos para a prpria experincia que muitas vezes os homens n o acreditam realmente.
Em nossa vida cotidiana, p o r m , n o experimentamos fatos slidos e imediatos, mas esteretipos de significado. Temos conhecimento de muito mais do que n s mesmos experimentamos, e nossa experincia ela p r p r i a sempre indireta e guiada.
A primeira regra para compreender a condio humana que os homens vivem em mundos de segunda m o. A conscincia dos homens n o determina sua existncia; nem sua existncia determina sua conscincia. Entre a conscincia humana e a existncia material encontram-se comunicaes e planos, p a d r e s e valores que influenciam decisivamente a conscincia que possam ter.
Para a maior parte do que chamamos de fatos concretos, i n t e r p r e t a o segura, a p r e s e n t a e s apropriadas, somos cada vez mais dependentes dos postos de observao, dos centros de interpretao, dos depsitos de apresentao do aparato cultural.
Nesse aparato, situando-se entre homens e eventos, os significados e imagens, os valores e slogans que definem todos os mundos que os homens conhecem so organizados e comparados, mantidos e revistos, perdidos e encontrados, celebrados e desmascarados. Por aparato cultural refiro-me a todas aquelas organizaes e meios em que o trabalho artstico, intelectual e cientfico tem lugar.
A firma e aos seus produtos ele acrescenta o brilho mgico e o deslumbramento do prestgio. Ele planeja a aparncia das coisas. Alm disso, seu sucesso como estrela depende da sua m a n i p u l a o do mercado: n o est numa interao educativa com u m pblico que o apoia medida que ele se.
Tendo "criado u m mercado" e monopolizado o acesso a ele, o distribuidor - com seu pesquisador de mercado reivindica "saber o que eles querem". Assim suas ordens - a t para os freelancers - tornam-se mais explcitas e detalhadas. O preo que oferece pode ser bastante alto; talvez alto demais, ele comea a pensar, e talvez tenha razo. Assim comea a contratar e gerenciar em grau variado u m time de trabalhadores culturais.
Aqueles que se permitem ser gerenciados pelo distribuidor de massas so selecionados e finalmente formados de maneira a serem completamente proficientes, mas talvez n o de todo excelentes. Assim prossegue a busca por "novas idias", por n o e s empolgantes, por modelos mais atraentes; em suma, pelo inovador.
Mas nesse meio-tempo, no estdio, no laboratrio, no escritrio de pesquisas, na fbri-. O sistema de estrelato da cultura norte-americana - juntamente com os mercenrios - tende a matar a chance de u m trabalhador cultural ser u m arteso digno. O u se u m sucesso absoluto ou se est entre os fracassos que n o so produzidos; ou se u m c a m p e o de vendas ou se est entre os assalariados e os fracassados; ou se uma sumidade absoluta ou n o se absolutamente nada.
Como empresrio, uma pessoa pode valorizar como quiser esses vrios desenvolvimentos; como membro do aparato cultural, p o r m , ela certamente deve compreender que, n o importa o que mais possa estar fazendo, est t a m b m criando e moldando as sensibilidades culturais de homens e mulheres, e, de fato, a p r p r i a qualidade de suas vidas cotidianas. Desejos n o se originam de vagas esferas da personalidade do consumidor, so formados por u m elaborado aparato de jingle e.
So moldados pelo aparato cultural e a sociedade de que este parte. N o se desenvolvem e se modificam medida que as sensibilidades do consumidor se alargam; so criadas e modificadas pelo processo pelo qual so satisfeitas e pelo qual velhas satisfaes so tornadas insatisfatrias. Alm disso, os p r p r i o s cnones de gosto e julgamento so t a m b m manobrados pela obsolescncia do status e por moda planejada. A frmula : fazer as pessoas terem vergonha do modelo do ano passado; associar a p r p r i a auto-estima compra do modelo deste ano; criar uma nsia por status, e portanto uma nsia por auto-estima, e associar sua satisfao ao consumo de mercadorias especficas.
Nesse vasto mecanismo de merchandising de a n n c i o s e design, n o h nenhum objetivo social inerente para equilibrar seu grande poder social; n o h nenhuma responsabilidade incorporada para n i n g u m , exceto para o homem que aufere o lucro. H pouca dvida, contudo, de que esse mecanismo hoje. Venho descrevendo, claro, o papel do designer no que espero que seja sua pior forma. E estou ciente de que n o apenas no campo do design que a a m b i g i d a d e norte-americana do esforo cultural revelada, que n o somente o designer que comete a negligncia cultural.
Em diferentes graus, todos os trabalhadores culturais so parte de u m mundo dominado pelo ethos pecunirio do homem de negcios excntrico e t a m b m de u m m u n d o unificado apenas vagamente pelos ideais de sensibilidade cultural e razo humana. A autonomia de todos os tipos de trabalhadores culturais vem declinando em nosso tempo. Quero t a m b m deixar claro que estou ciente da grande diversidade entre designers e da enorme dificuldade que qualquer designer enfrenta agora ao tentar escapar da armadilha dos m a n a c o s da p r o d u o e distribuio.
O problema do designer s pode ser resolvido pela considerao radical de valores fundamentais. Mas como a maior parte. Esse aparato hoje u m auxiliar de organizaes comerciais.
A idia do aparato cultural uma tentativa de compreender os negcios humanos do ponto de vista do papel que neles dosem. Como prtica, o artesanato representa o papel clssico do. Numa frase, o que se perdeu foram o fato e o ethos do. Pois n o podemos "possuir" arte meramente comprando-a; n o podemos apoiar arte meramente alimentando.
Como prtica, o artesanato nos Estados Unidos foi em grande parte trivializado em hobbies desprezveis: parte do lazer, n o do. O artesanato n o pode prevalecer sem uma sociedade que se desenvolva apropriadamente; essa seria, eu acredito, uma so-. A sociedade humana, em suma, deveria ser construda em torno do artesanato como a experincia central de u m ser humano.
A maneira mais frutfera de definir o problema social perguntar como semelhante sociedade pode ser construda. Pois o mais elevado ideal humano : tornar-se u m b o m arteso. Hoje os homens sentem muitas vezes que suas vidas privadas so uma srie de armadilhas.
Sentem que, em seus mundos cotidianos, n o conseguem superar suas dificuldades e, com freqncia, esto inteiramente corretos nesse sentimento: aquilo de que os homens comuns esto diretamente conscientes e o que tentam fazer est limitado pelas rbitas privadas em que vivem; suas vises e seus poderes esto limitados s cenas em close-up de trabalho, famlia, vizinhana; em outros meios, eles se movem custa de outros e permanecem espectadores. E quanto mais conscientes se tornam, ainda que vagamente, de ambies e ameaas que transcendem seus ambientes imediatos, mais parecem sentir que caram em armadilhas.
Subjacente a essa sensao de ter cado numa armadilha h m u d a n a s aparentemente impessoais na p r p r i a estrutura de sociedades de extenso continental. Os fatos da histria contemp o r n e a so t a m b m fatos sobre o sucesso e o fracasso de homens e mulheres individuais. Quando uma sociedade industrializada, u m c a m p o n s torna-se u m operrio; u m senhor feudal liquidado ou torna-se u m homem de negcios. Quando classes ascendem ou decaem, u m homem empregado ou desempregado; quando a laxa de investimento sobe ou desce, u m homem ganha novo n i m o ou vai falncia.
Quando guerras acontecem, um vendedoi de seguros torna-se u m lanador de foguetes; um almoxarife, um operadoi de. Mas em nosso tempo descobrimos que os limites da "natureza humana" so. Essa sua tarefa e sua promessa. Reconhecer essa tarefa e essa promessa a marca. Elas so os eixos intelectuais dos estudos clssicos do homem na sociedade - e so as perguntas inevitavelmente suscitadas por qualquer mente dotada da imaginao sociolgica.
Pois essa imaginao a capacidade de passar de uma perspectiva para outra - do poltico para o psicolgico; do exame de uma nica famlia para a avaliao comparativa dos o r a m e n t o s nacionais do mundo; da escola teolgica para a organizao militar; de consideraes sobre uma indstria de petrleo para estudos de poesia c o n t e m p o r n e a. Por trs de seu uso est sempre o anseio por conhecer o significado social e histrico do indivduo na sociedade e no p e r o d o em que ele tem sua qualidade e seu ser.
Em grande parte, a viso autoconsciente que o homem tem de si mesmo como pelo menos u m outsider, se n o u m estrangeiro permanente, repousa sobre uma percepo absorta da relatividade social e do poder transformador da histria. A imaginao sociolgica a forma mais frutfera dessa autoconscincia. Mediante seu uso, homens cujas mentalidades abrangeram apenas uma srie de rbitas limitadas chegam muitas vezes a se sentir como se tivessem despertado de repente numa casa com que haviam apenas suposto ter familiaridade.
Correta ou incorretamente, chegam muitas vezes a sentir que podem agora. Para Tovarich, do Rio de Janeiro, Brasil, outono de Transcender por sua compreenso uma variedade de ambientes cotidianos, mas no ser capaz de modificar, de mudar as foras estruturais em ao dentro e sobre esses ambientes; julgar, mas n o ser capaz de impor o julgamento; exigir, mas n o ser capaz de sustentar suas exigncias - essa a posio geral da maior parte dos intelectuais polticos, pelo menos nas sociedades ocidentais atualmente.
Vendo-se nessa posio, muitos intelectuais pararam de julgar, retiraram suas exigncias, engoliram sua presuno, caram de volta nas rotinas polticas e morais de seus ambientes profissionais e residenciais. H muitos modos, sociais e pessoais, de fazer isso, e todos esto sendo agora ativamente seguidos.
Apesar de tudo isso, h algo nos intelectuais e na vida intelectual que os pressiona fortemente a assumir esse papel poltico de transcendncia e julgamento.
H, de fato, muitas coisas, mas a primeira delas que simplesmente verdade que pensar de uma maneira realmente livre e ampla , como se diz, "criar problemas", questionar e, no devido tempo, exigir e julgar. Embora, por vrios motivos, possa fingir ser de outro modo, o intelectual n o deve ser apenas diligente; deve ser obcecado em sua devoo e, pelo menos por vezes, deve possuir uma suprema confiana em sua p r p r i a mente e julgamento, ou melhor, deve sentir que o mais severo crtico de si mesmo - n i n g u m poderia conhecer melhor seus p r p r i o s erros.
No pas em que voc vive [a Unio Sovitica], h espao para u m uso irrestrito da razo - razo alm da mera racionalidade tc-. A maior parte das pessoas n o vai atrs das coisas que esto fora de seu alcance, mas o intelectual, o artista e o cientista fazem. Faz-lo u m trao normal de suas vidas de trabalho.
Eles contemplam suas pinturas, pensam sobre seus livros, examinam novamente a frmula e sabem que aquilo n o b o m o. Todo mundo com alguma vivacidade se entrega a muitas fugas, e est continuamente planejando futuras fugas, com as quais espera. Quer eu tenha escrito sobre lderes trabalhistas ou fazendeiros, sobre executivos de empresa ou migrantes porto-riquenhos, sobre empregados de escritrio, donas-de-casa. Muitas vezes falhei nisso, e sem d v i d a voltarei a falhar, mas isso.
Uma outra coisa que devemos lembrar, que sempre tendo a esquecer, que n o devemos subestimar o que mesmo uma. Aps quatro ou cinco semanas de trabalho constante, paramos uma m a n h para examinar tudo. Mesmo aps 20 anos. Gostaria de ter mais senso de humor, Tovarich, mas p a r e o simplesmente incapaz disso, pessoalmente, ou nas coisas que escrevo. Escrever, se nos dedicamos a isso por tempo suficiente, evidentemente u m conjunto de hbitos e de sensibilidades que moldam quase todas as nossas experincias.
Escrever , entre outras coisas, sempre uma maneira de compreender a n s mesmos. S compreendemos nossos p r p r i o s sentimentos e nossas prprias idias escrevendo-os. N o pretendo, Tovarich, conhecer todas as razes, profundas ou superficiais, pelas quais uma variedade de pessoas escreve, mas u m motivo, pelo menos para m i m , tem a ver com a sensao de p r mais uma parte do mundo numa forma ordenada enquanto estou efetivamente empenhado em escrever. Escrever raciocinar; lutar contra o caos e a escurido.
H u m entusiasmo que "toma conta de n s " quando sentimos - n o importa agora se assim ou n o - que estamos conquistando mais u m pouco desse caos para e pelo entendimento. Acima de tudo isto, h u m elemento esttico na escrita que est provavelmente envolvido em qualquer trabalho manual, em qualquer tentativa de impor forma matria. No fim das contas, suponho, a principal razo por que n o sou "alienado" porque escrevo.
Aps u m longo tempo nisso, passamos a saber o quanto podemos ficar totalmente vivos no meio do. Pular no carrossel. Anterior no carrossel. Sobre o Artesanato Intelectual e Outros Ensaios. Enviado por marcos. Denunciar este documento.
Fazer o download agora mesmo. Sobre o Artesanato Intelectual e Ou Pesquisar no documento. As por n o ter conseguido uma bolsa de estudos. Foi ento, em , relaes pessoais com alguns colegas foram difceis; como uma das estudar na Universidade de Wisconsin, onde defendeu, em , conseqncias, Mills n o dava aulas na ps-graduao.
No entanto, sua tese de doutorado, "A Sociological Account o f Pragmatism: A n essa situao t a m b m tinha como vantagem o maior tempo para Essay on the Sociology o f Knowledge". Mills transferiu-se em para a Universidade de Maryland Foi em Nova York que Mills publicou o ncleo de sua con- College Park , onde deu aulas de sociologia.
Nos trs anos seguin- Iribuio para as cincias sociais, uma trilogia sobre a sociedade tes, colaborou com Hans H. Estes dois ltimos livros tiveram vrias edies e lorain publicados em mais de uma dezena de lnguas. Em , Mills mudou-se para Nova York, indo trabalhar no Bureau o f Applied Social Research a convite de seu fundador e No ano acadmico de Mills foi professor visitante diretor, Paul Lazarsfeld A l i , teve acesso a farto material ii.
N o emprico, trabalhou coordenando equipes de investigadores e p d e la nenhum motivo especial para ir Dinamarca, como expli- adquirir habilidades em m t o d o s e tcnicas de pesquisa quantita- i ou numa carta a Hans Gerth: "Bem, porque eles pediram por li. Segundo, eu gosto da idia de ir a esse tiva.
No entanto, apesar da a d m i r a o que inicialmente sentia por pequeno pas. I uma analise. Ao longo desses 15 anos, Mills foi 0 iimpo li " I " Icifiin ile sua poca, atacando principalmente as i " " MI. Diante disso, Mills se v i u cada vez mais em maus lenis com ca" das cincias sociais, inspirado nas maiores influncias intelectuais I pblico e as autoridades americanas e recebeu pelo menos uma de sua vida - os alemes Karl Marx, Max Weber e Karl Mannheim, ameaa de morte pela defesa que fizera da revoluo cubana.
A imaginao sociolgica, no entanto, foi u m livro escrito por uma posio crtica a respeito de muitos de seus fundamentos, como um insider para outsiders, causando escndalo nos crculos acadmi- pode ser visto em The Marxists, livro que seria publicado postuma- cos pelo ataque contundente que fez a seus pares. Por volta de , mente, em Em Moscou, britnica - provavelmente fruto do b o m relacionamento que esta- horrorizou seus hspedes durante u m jantar ao erguer u m brinde beleceu com pensadores de esquerda como E.
Thompson, Tom ao dia em que as obras completas do proscrito Trotsky seriam pu- Bottomore e Ralph Miliband - , mas depois desistiu. O livro 12 Ao longo de sua vida, Mills sempre manteve-se politicamente independente, evitando aderir a qualquer grupo. Mills esteve no Rio de Janeiro no final de outubro de , convidado para participar do Seminrio Internacional "Resistncias m u d a n a : fatores que impedem ou dificultam o desenvolvimento", realizado no Museu Nacional e promovido pelo CLAPCS Centro 13 Latino-Americano de Pesquisa em Cincias Sociais , dirigido pelo baseou-se em extensas entrevistas gravadas com Fidel Castro, Che Guevara e outros lderes da revoluo, alm de jornalistas, militares e intelectuais.
Neste seminrio, Mills d Aio acabou sendo publicado como apndice de The Sociological apresentou o trabalho "Remarks on the Problem o f Industrial De- knagination e tornou-se a parte mais universalmente conhecida 14 velopment", que foi criticado pelos marxistas brasileiros Florestan Fernandes, Octvio Ianni e Paschoal Leme, presentes ao evento.
E em torno da idia de "artesanato intelectual" que a presente Durante sua estada no Rio, Mills escreveu uma carta a To- oletnea de textos de C. Wright Mills foi organizada. E deveria manter um pequeno arquivo especial para sua agenda principal, que escreve e reescreve apenas para si mesmo e talvez para discutir com amigos. Logo a seguir, amigos sugeriram que eu completasse uma trilogia escrevendo um livro sobre as classes superiores. Assim, comecei a pensar em um livro sobre a elite.
De qualquer modo, tento me cercar de todo o ambiente pertinente - social e intelectual —que suponho ser capaz de me levar a pensar bem ao longo das linhas de meu trabalho. De todo modo, no livro sobre a elite tive de levar em conta o trabalho de homens como Mosca, Schumpeter, Veblen, Marx, Lasswell, Michels, Weber e Pareto.
Fiz o mesmo tipo de coisa, em minhas notas, com Lederer e Gasset vs. Como posso usar isso como um centro a partir do qual me estender - como uma perspectiva da qual detalhes descritivos emergem como pertinentes? Algum poder foi criado nas ruas, e. Certamente 31 32 Sobre o artesanato intelectual e outros ensaios muitas pessoas do status mais alto estariam pelo menos no segundo.
Esse seria o caso dos muito ricos. A Clique ou A Elite se referiria a poder, ou a autoridade, segundo o caso. Desenvolver isto. Mas como isso deve ser feito? Sobre o artesanato intelectual de um problema. Classe refere-se a fontes e montantes de renda. Examinar registros do Tesouro e listas de grandes contribuintes do imposto de renda. Ver se as tabelas do TN EC sobre fontes e montante de rendas podem ser atualizadas. Sobre o artesanato intelectual 37 III.
Morgan, em , e o industrial Henry J. Kaiser, em Talvez ele seja bem treinado demais, de maneira precisa demais. Mas esse interesse pelas palavras vai ainda mais longe. Quando eles funcionam, ajudam-no a pensar mais claramente e a escrever mais explicitamente. Assim como a falta de inteligibilidade. Essa falta de pronta inteligibilidade, eu acredito, em geral tem pouco ou nada a ver com a complexidade do assunto, e absolutamente nada com a profundidade do pensamento.
Quando escrevo, que status estou reivindicando para mim? Para quem estou tentando escrever? Agora escreva. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, Por Miriam Mabel Sanchez.
Isso significa que Mills. Em tal processo, se desenvolve como homem consciente e livre uso da mente. Pular no carrossel. Anterior no carrossel. Sobre o Artesanato Intelectual. Enviado por Marcos Villela Pereira. Denunciar este documento. Fazer o download agora mesmo. Salvar Salvar Sobre o artesanato intelectual. Fichamento Texto. A Sociologia e o Mundo Moderno. Pesquisar no documento. Documentos semelhantes a Sobre o artesanato intelectual.
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